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Propomos analisar neste livro a dimensão de uma ética originária em Ser e tempo (1927), de Martin Heidegger: ela sucede de uma interpretação ontológica, enraizada na compreensão da finitude humana. Procuraremos explicitar quem é o sujeito dessa ética, qual o seu dever e, em decorrência, analisaremos as questões da angústia como abertura ao poder-ser próprio, o apelo (ou o interpelar ) da consciência , o ser-em-débito e o ser-para-a-morte, tomando-os como os elementos originários da ética que pretenderemos investigar. Aquém do princípio de fundamento da razão suficiente das éticas tradicionais que nos diz: nihil est sine ratione (nada é ou existe sem fundamento), assinalaremos que a ética vislumbrada a partir da ontologia fundamental é uma ética de ser-no-mundo, do morar no mundo-projeto, distante da esfera de poder nadifi cante da razão, mas perto de sua possibilidade mais própria e irrevogável: a de ser-para-amorte, propiciada através da consciência do ser e estar em débito do Dasein e ouvida no silêncio disposto para a angústia.