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Selo
Quando as mulheres se unem em ritmo de palavra, um mundo se abre. Elas tecem amanhãs com o fogo ancestral que as consome e fazem brotar as mais lindas histórias. Por muito tempo, nos foi negado o discurso, a fala — seja ela oral ou escrita —, reservando-se o espaço público para os homens. Tentaram nos prender ao lar, para que não espalhássemos nossa fome de mudança, para que fôssemos Marias pacatas e só.
Por isso, fico emocionada ao ler esses textos de dezesseis mulheres que, a partir do nome Maria, criam novas histórias.
São vozes com estilos diferentes, que têm em comum o amor pelo fazer literário. Umas advêm da poesia de verso livre, do cordel ou da contação de histórias; outras, da prosa — mas todas carregam juntas essa sede de bordar frases como se borda céu estrelado.
É uma bela invenção formatar um livro com dezesseis contos, tendo o simbolismo de Maria como guia. Saúdo e peço tapete vermelho para Ana Lúcia de Arimatéia, Anamélia Mello, Ana Pottes, Érica Montenegro de Mélo, Fátima Soares, Franci Palhano, Leila Fernanda Arruda, Maria do Rosário N. Menezes, Maria Graciane, Maria José Arimatéia, Mitafá, Raíza Figuerêdo, Rosália Cristina, Rozana Nascimento, Suely Macedo e Valterlane Silva, e desejo que a escrita seja oráculo em nossas vidas.
Cida Pedrosa